Mastologia e Oncoplastia mamária  

Mastologia

mastologia é a especialidade médica que se dedica ao estudo das glândulas mamárias. O mastologista é o especialista que estuda, previne, diagnostica, trata e reabilita todas as doenças da mama. No Brasil, para especializar-se em mastologia, o médico deve realizar previamente residência médica em Cirurgia Geral ou Ginecologia e Obstetrícia (2 a 3 anos antes de se especializar em Mastologia). A residência médica em Mastologia tem duração de dois anos. O Brasil, neste sentido, é pioneiro, com reconhecimento internacional. A Sociedade Brasileira de Mastologia é a entidade que representa a especialidade no Brasil. Quando estivermos diante de qualquer suspeita ou diagnóstico de quaisquer alterações nas mamas ou necessitarmos de respostas para dúvidas a esse respeito, devemos recorrer ao mastologista.

Cirurgia oncoplástica

cirurgia oncoplástica representa a associação de técnicas de cirurgia plástica empregadas para o tratamento do câncer de mama. A Oncoplastia mamária  necessita de treinamento médico específico para ser realizada, assim como para o profissional dar um adequado suporte ao seus pacientes.  Foi descrita por Werner Audretsch na década de 90 e disseminou-se por todo o mundo. Inicialmente para as correções imediatas do tratamento oncológico, ou seja em pacientes submetidas a procedimentos mutilatórios, hoje abrange também os procedimentos de reconstrução da mama de maneira geral.

São exemplos básicos de cirurgias oncoplásticas as técnicas:

·         Pedículo inferior: para tumores localizados nos quadrantes superiores;

·         Pedículo superior: para tumores localizados nos quadrantes inferiores;

·         Periareolar: visa tumores em quaisquer quadrantes que possam ser abordados pela incisão periareolar.

·         TRAM: transposição miocutânea do reto-abdominal;

·         Rotação do músculo grande dorsal;

·         Implantes mamários: diversas próteses de silicone mamárias de tamanhos, formas e volumes diversos podem ser encontrados no mercado e o cirurgião permitirá a melhor escolha para cada caso.


O tratamento do câncer de mama é concluído com a recuperação da auto-estima da paciente muitas vezes obtido após a oncoplástica, sendo seu papel fundamental.

A cirurgia oncoplástica é uma realidade e deve ser encarada como uma arma adicional no arsenal do tratamento contra o câncer de mama.


                                                           

Referências

1.   Matthes A, Rietjens M, Brenelli F, Vieira M (2006) Cirurgia oncoplástica: Uma refinada alternativa para o tratamento contra o câncer de mama. Revista da Sociedade Brasileira de Cancerologia 2:40-48.

2.   Anderson BO, Masetti R, Silverstein MJ (2005) Oncoplastic approaches to partial mastectomy: An overview of volume-displacement techniques. Lancet Oncol 6 (3):145-157. doi:S1470204505017651.

3.   Petit JY, De Lorenzi F, Rietjens M, Intra M, Martella S, Garusi C, Rey PC, Matthes AG (2007) Technical tricks to improve the cosmetic results of breast-conserving treatment. Breast 16 (1):13-16. doi:S0960-9776(06)00165-2.

4.   Matthes A, Vieira R, Michelli R, Ribeiro G, Bailao JA, Mendonça M, Haikel R (2009) Treinamento do cirurgião como fator de risco da realização de cirurgia oncoplástica. Rev Bras Mastol 19 (1):86-87.

5.   Audretsch W, Rezai M, Kolotas C, al e (1994) Onco-plastic surgery: "Target" Volume reduction (bct-mastopexy), lumpectomy, reconstruction (bct-reconstruction), and flap-supported operability in breast cancer. Second European Congress on Senology, Breast Diseases 139-157.

6.   Clough KB, Lewis JS, Couturaud B, Fitoussi A, Nos C, Falcou MC (2003) Oncoplastic techniques allow extensive resections for breast-conserving therapy of breast carcinomas. Ann Surg 237 (1):26-34. doi:10.1097/01.SLA.0000041230.77663.22.